Os menus funcionam bem em telas, mas são um desastre em uma interface de voz.
Nesse vídeo eu vou te mostrar o terceiro padrão de design situacional, que é estar disponível.
Vamos conversar sobre porque não devemos usar conceitos de interfaces gráficas para construir nossas skills.
Esteja Disponível. Não Deixe O Usuário Ficar Procurando Funcionalidades.
No design situacional, o que quer dizer esteja sempre disponível?
Basicamente quer dizer: reduzir seus menus. Trazer todas as opções ao primeiro nível.
Significa não usarmos em interfaces de voz os mesmos conceitos que utilizamos para construir interfaces gráficas.
Projetando Para Tela
Quando criamos uma interface gráfica de usuário (GUI), é importante determinar o que é mostrado no primeiro nível e o que é organizado em menus ou arquitetura de informação semelhante.
Isso acontece porque o espaço na tela é limitado.
A arquitetura de informações de uma interface gráfica define o caminho do usuário. Os menus definem a hierarquia, deixando os itens mais importantes como navegação de primeiro nível e aninhando os itens menos importantes nesses menus.
Na tela, os pixels são a escassez, e essa restrição torna obrigatórios os menus hierárquicos. Nem todo item pode ficar no primeiro nível.
Outro motivo importante é que apresentar muitas opções de uma vez adiciona uma carga cognitiva ao usuário.
Projetando Para Voz
Com as interfaces de voz, é justamente o contrário.
Menus hierárquicos não ajudam o usuário. Eles limitam o que os usuários podem fazer naquele momento. E adicionam carga cognitiva para descobrir como a experiência é organizada.
Para permitir interações conversacionais e de forma livre, as interfaces de voz exigem uma disposição diferente de seus recursos e funcionalidades, com todas as opções apresentadas no primeiro nível.
Um Exemplo…
Imagine um aplicativo de banco que inclui a consulta do código do banco.
É uma informação importante, mas algo que os usuários não precisam com frequência. A melhor forma de apresentar essa consulta seria por meio de um sistema de menu.
Na voz, é o inverso. Você nunca gostaria que o usuário tivesse que dizer, “Peça ao Banco de São Paulo por: menu, menu, menu, código do banco.”
Em vez disso, você deseja permitir que o usuário simplesmente diga “Peça o código do banco ao Banco de São Paulo”.
Em outras palavras, a intent (intenção) do código do banco agora é apresentada no primeiro nível.
Isso não adiciona carga cognitiva, afinal os usuários não estão vendo todas as opções de uma vez, pois estamos em uma interface de voz.
Na verdade, permite descobertas mais casuais porque eles podem simplesmente tentar coisas que são razoáveis esperar de uma experiência como essa.
Palavras Finais
Embora os menus adicionem profundidade às interfaces gráficas, eles introduzem atrito nas interfaces de voz.
Em vez disso, as interfaces de voz devem oferecer sua experiência no nível superior – sem a necessidade de aprender sua arquitetura de informações.
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