Veremos neste artigo o principal elemento da arquitetura .NET: o .NET Framework.
Mas antes é bom termos uma visão geral do conceito de framework.
Introdução
Framework, em software, segundo a Wikipedia é
“é uma abstração que une códigos comuns entre vários projetos de software provendo uma funcionalidade genérica.”
E a definição da palavra framework é
- Uma estrutura para apoiar ou cercar algo, um esqueleto usado como base para algo que está sendo construído.
- Uma plataforma de trabalho externa; Um andaime.
- Uma estrutura fundamental.
- Um conjunto de suposições, conceitos, valores e práticas que constitui uma forma de ver a realidade.
Um framework de software é um conjunto de bibliotecas (códigos) que nos auxiliam a desenvolver um sistema.
A criação de um framework deve ser muito bem estudada e planejada, pois corre-se o risco do framework mais atrapalhar que ajudar.
Inúmeras vezes tive que trabalhar com frameworks (por imposição da empresa contratante) muito mal feitos. Dificuldade de implementar funcionalidades novas ou dar manutenção nas existentes, problemas de performance, entre outras coisas que não cabe no assunto deste post…podem ter certeza que discutiremos estes problemas e outros que envolvem frameworks mal concebidos em uma ocasião apropriada.
O .NET Framework
No contexto do .NET, o framework vai um pouco além das bibliotecas, conforme definição da Microsoft:
“um ambiente de execução gerenciado que fornece uma variedade de serviços para os aplicativos.”
O .NET Framework se compõe de dois principais elementos:
- CLR (Common Language Runtime);
- Biblioteca de classes.
Ela foi projetada para atender os seguintes objetivos:
- Disponibilizar um ambiente de programação consistente e orientado a objetos, independente se este objeto é executado localmente e/ou distribuído pela internet ou executado localmente;
- Disponibilizar um ambiente de execução que minimize conflitos de versionamento;
- Disponibilizar um ambiente de execução seguro contra códigos escrito por terceiros;
- Eliminar problemas de desempenho dos ambientes interpretados;
- Tornar a experiência do desenvolvedor consistente entre os diversos tipos de aplicativos, sejam aplicativos Windows ou aplicativos Web;
- Utilizar padrões de comunicação para garantir que códigos baseados no .NET Framework possam ser integrados a qualquer outro código.
Características do Common Language Runtime (CLR)
É a base do .NET Framework. Um agente que gerencia o código em tempo de execução.
O Common Language Runtime (CLR) gerencia a memória, execução de thread, execução de código, verificação de segurança do código, compilação e outros serviços do sistema.
Quanto a segurança, componentes gerenciados podem receber vários níveis de confiança dependendo de vários fatores que incluem sua origem (como internet, rede corporativa, etc.). Isso significa que ele pode ou não ter acesso a operações em arquivo ou outras funcionalidades confidenciais, mesmo que esteja sendo usado no mesmo aplicativo ativo.
O CLR também impõe robustez ao código, implementando uma rigorosa infraestrutura de verificação de tipagem chamada de Common Type System (CTS). Ele garante que todo código gerenciado seja auto descritivo.
O ambiente gerenciado elimina muitos problemas comuns. Por exemplo, o CLR trata automaticamente a estrutura do objeto e gerencia suas referências, liberando-os quando não estão mais sendo usados (já comentamos sobre o Garbage Collector). Este gerenciamento automático de memória resolve os dois erros mais comuns: vazamento de memória e referências de memória inválidas.
Interoperabilidade entre código gerenciados e não gerenciados permitem que os desenvolvedores continuem usando componentes COM e DLLs.
Melhoria de desempenho através da compilação Just-In-Time (JIT) permitem que todos os códigos gerenciados sejam executados na linguagem de máquina nativa do sistema, na qual está em execução.
Bibliotecas de classes do .NET Framework (Class Library)
A biblioteca de classes (Class Library) do .NET Framework é uma coleção de tipos reutilizáveis que se integram ao CLR.
Essa biblioteca é orientada a objetos, fornecendo tipos que seu próprio código pode utilizar. Isso torna os tipos fáceis de utilizar e reduz o tempo de aprendizado de novos recursos.
Além disso, componentes de terceiros podem ser totalmente integrados a classes do .NET Framework.
Os tipos também permitem que você realize uma variedade de tarefas comuns na programação, como gerenciamento de sequência de caracteres, coleta de dados, conexão com banco de dados e acesso a arquivos.
A biblioteca inclui tipos que dão suporte a vários cenários de desenvolvimento. Podemos utilizar o .NET Framework para desenvolver aplicações tipo console, aplicativos para Windows 10, aplicações Web, serviços, etc.
Palavras finais
O .NET Framework é mais que apenas uma biblioteca de classes que podemos utilizar em nossas aplicativos C#.
Ele é também um agente que gerencia o código em tempo de execução, fornecendo uma gama de serviços que incluem gerenciamento de memória, gerenciamento de threads e comunicação remota, enquanto também impõe uma segurança de tipos e outras formas de verificações que promovam segurança e rapidez.
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