Vamos ver mais um padrão de design para criar apps de voz?
Nesse artigo eu vou te mostrar o padrão de design “Seja Confiável”, que é manter uma conversa cooperativa com o usuário.
Vamos conversar sobre mais uma diferença entre desenvolvimento para interface gráfica e desenvolvimento para interface de voz.
Seja Confiável. Fale Com Eles, Não Para Eles.
Já vimos que as interfaces gráficas (GUI) são inflexíveis.
Os usuários precisam primeiro aprender a navegar pela interface antes de usá-los para encontrar o que precisam.
Temos como exemplo os softwares para Windows, reparou que todos eles possuem um menu parecido? Sempre começam com Arquivo, Editar, etc. E por quê? Para que o usuário não precise aprender a navegação de cada software que for utilizar. Os desenvolvedores optaram por utilizar uma interface “padrão”, assim a curva de aprendizado do usuário é bem menor.
Uma boa interface gráfica (GUI) é aquela que se apresenta de uma forma compreensível e utilizável. Ele apresenta um caminho consistente para que os usuários possam executar habitualmente a tarefa e atingir o mesmo objetivo todas as vezes em um tempo mínimo.
Ou seja, a interface não muda. Ela é declarativa e não cooperativa.
O Princípio Cooperativo
Paul Grice, um filósofo britânico, afirmou em seu princípio cooperativo:
“Dê sua contribuição para a conversa conforme necessário, em cada frase que ocorrer, para o efeito ou direção mutuamente aceita da troca comunicativa em que você está envolvido”
Em outras palavras, os participantes de uma conversa cooperam para alcançar fins conversacionais mútuos.
Ambos os participantes olham além das declarações explícitas e exploram o significado implícito para ajudar a avançar a conversa.
Mas O Que Isso Tem A Ver Com Interface De Voz?
Uma boa interface de voz é cooperativa porque as conversas são cooperativas.
Se o usuário disser: “Queria ter um cachorro gigante”, o app de voz pode responder com: “Tenho várias raças de cachorros em mente. Você prefere um cão de família ou cão de guarda?”
Essa resposta indica uma confirmação implícita de que “gigante” foi compreendido. A resposta também faz uma pergunta progressiva na tentativa de ajudar o usuário restringir as opções.
No back-end, precisamos reunir valores como {tamanho}. O “tamanho” que nosso banco de dados precisa é “grande”, “médio” e “pequeno”.
Mas em vez de dizer: “Agora você deve dizer grande, médio ou pequeno. Qual tamanho você quer?” a skill entende que “grande” tem palavras ou frases sinônimas como “enorme”, “gigante”, “grande como um pônei”, “que minha filha pode montar”.
Assim, você combina o que uma pessoa disser (“médio” ou um sinônimo) com o que sua API espera (“médio”).
Palavras Finais
Vimos o último dos padrões do design situacional: Seja confiável.
Em interfaces gráficas (GUIs), um assistente é uma metáfora bastante comum para pedir informações aos usuários em um caminho limitado e linear.
Na voz, os usuários fornecerão informações da maneira que acharem mais apropriada. Em voz, você vai querer usar o gerenciamento de diálogo para gerenciar o estado e o fluxo da conversa.
Em vez de falar com os usuários da mesma maneira todas as vezes, quer eles entendam ou não, as interfaces de voz falam com eles e cooperam com a interação.
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